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A cirurgia bariátrica, ou gastroplastia, é uma opção para pessoas que permanecem severamente obesas após utilizarem outros métodos para perder peso, com dietas e prática de exercícios, assim como para pessoas que apresentem algum problema de saúde relacionado à obesidade.

QUEM PODE FAZER

A indicação cirúrgica deve ser baseada na análise de quatro critérios:

Em relação ao índice de massa corpórea (IMC)

  • IMC acima de 40 kg/m2 , independentemente da presença de comorbidades.
  • IMC entre 35 e 40 kg/m2 na presença de comorbidades.
  • IMC entre 30 e 35 kg/m2 na presença de comorbidades que tenham obrigatoriamente a classificação “grave” por um médico especialista na respectiva área da doença.

É também obrigatória a constatação de “intratabilidade clínica da obesidade” por um endocrinologista.

Abaixo de 16 anos

Exceto em caso de síndrome genética, quando a indicação é unânime, o Consenso Bariátrico recomenda que, nessa faixa etária, os riscos sejam avaliados por cirurgião bariátrico e equipe multidisciplinar. A operação deve ser consentida pela família ou responsável legal e estes devem acompanhar o paciente no período de recuperação.

Entre 16 e 18 anos

Sempre que houver indicação e consenso entre a família ou o responsável pelo paciente e a equipe multidisciplinar.

Entre 18 e 65 anos

Sem restrições quanto à idade.

Acima de 65 anos

Avaliação individual pela equipe multidisciplinar, considerando risco cirúrgico, presença de comorbidades, expectativa de vida e benefícios do emagrecimento

DOENÇAS ASSOCIADAS

De acordo com resolução do Conselho Federal de Medicina (Resolução 2.131 / 15 / CFM) , são 21 as comorbidades associadas à obesidade que podem levar à indicação da cirurgia bariátrica. 

  • Diabetes tipo 2;
  • Apneia do sono;
  • Hipertensão arterial;
  • Dislipidemia;
  • Doença coronária;
  • Osteo-artrites;
  • Doenças cardiovasculares (infarto do miocárdio, angina, insuficiência cardíaca congestiva, acidente vascular cerebral, hipertensão e fibrilação atrial, cardiomiopatia dilatada, cor pulmonale e síndrome de hipoventilação);
  • Asma grave não controlada;
  • Osteoartroses;
  • Hérnias discais;

 

  • Refluxo gastroesofageano com indicação cirúrgica;
  • Colecistopatia calculosa;
  • Pancreatites agudas de repetição;
  • Esteatose hepática;
  • Incontinência urinária de esforço na mulher;
  • Infertilidade masculina e feminina;
  • Disfunção erétil;
  • Síndrome dos ovários policísticos;
  • Veias varicosas e doença hemorroidária;
  • Hipertensão intracraniana idiopática;
  • Estigmatização social;
  • Depressão.

 

EM RELAÇÃO AO TEMPO DA DOENÇA

Apresentar IMC e comorbidades em faixa de risco há pelo menos dois anos e ter realizado tratamentos convencionais prévios. Além disso, ter tido insucesso ou recidiva do peso, verificados por meio de dados colhidos do histórico clínico do paciente.

contraindicações

Existem contraindicações para a realização desta cirurgia como, por exemplo, cirrose hepática, algumas doenças renais e psiquiátricas graves, vícios (drogas, alcoolismo) e disfunções hormonais. Todas devem ser avaliadas por profissionais com prática e conhecimento aprofundado.