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HISTÓRIA DA CIRURGIA BARIÁTRICA

A primeira cirurgia bariátrica foi realizada por Kremen e Liner em 1954. Nessa ocasião, o procedimento foi feito com o intuito de promover a redução de peso e foi utilizado o by-pass (desvio) do intestino. Em 1982, foi feita a inserção de um método cirúrgico que se tornou bastante utilizado ao longo dos anos, a gastroplastia vertical com bandagem.

Esse método é simples e com poucas complicações. No início dos anos 90, surgiu um novo tipo cirúrgico que utilizava os mecanismos associados à restrição dos alimentos e a má absorção dos nutrientes. Foi desenvolvida por Rafael Capella e o método tem seu nome sendo bastante utilizado atualmente.

A cirurgia bariátrica não tem fins estéticos, é uma cirurgia que vai alterar o hábitos e a qualidade de vida do paciente com o objetivo de fazê-lo ter uma vida mais saudável e longa.

A visão multidisciplinar também ganhou maior relevância: o entendimento que o tratamento cirúrgico é muito mais do que operar permitiu a maior participação de endocrinologistas, nutrólogos, psiquiatras, cardiologistas, nutricionistas, psicólogos, ortopedistas, enfermeiros, fisioterapeutas, educadores físicos e outros profissionais da saúde.

Essa atuação conjunta evita complicações cirúrgicas imediatas e tardias, obtém resultados satisfatórios quanto a perda e a manutenção do peso perdido. Um bom preparo pré-operatório e um acompanhamento eficaz de longo prazo são realidades no tratamento bariátrico e metabólico e estão cada vez mais valorizadas.

CIRURGIA BARIÁTRICA E METABÓLICA

A cirurgia bariátrica e metabólica, também conhecida como cirurgia da obesidade, ou, popularmente, redução de estômago, reúne técnicas com respaldo científico, destinadas ao tratamento da obesidade mórbida e ou obesidade grave e das doenças associadas ao excesso de gordura corporal ou agravadas por ele.

O conceito de cirurgia metabólica foi incorporado há cerca de dez (10)

anos pela importância de estudos científicos demonstrando que os órgãos envolvidos na cirurgia produziam substancias hormonais e que a cirurgia na verdade alterava esse equilíbrio hormonal inicial de uma maneira benéfica ao paciente obeso, seja na perda de peso, seja no controle e até na cura de doenças endocrinológicas, como o diabetes, hipercolesterolemia, hiperuricemia e até na hipertensão, parte da síndrome plurimetabolica.

CIRURGIA LAPAROSCÓPICA

Técnica cirúrgica em que se realiza a mesma cirurgia através de pequenos orifícios, nos quais se introduz longas pinças cirúrgicas e se realiza o procedimento através de uma televisão ou monitor cirúrgico.

É considerada “minimamente invasiva”, aplicável em todas as técnicas cirúrgicas a videolaparoscopia representa uma das maiores evoluções tecnológicas da medicina.

No tratamento da obesidade, as cirurgias do gênero se diferenciam da convencional, aberta (laparotomia), em função do acesso utilizado. Na cirurgia aberta, o médico precisa fazer um corte de 10 a 20 centímetros no abdômen do paciente.

 

Na videolaparoscopia são feitas de quatro a sete mini incisões de 0,5 a 1,2 centímetros cada uma, por onde passam as cânulas e a câmera de vídeo.

Atualmente, o “By-pass Gástrico” e o “Sleeve”, na sua maioria videolaparoscópicos respondem por quase 98% das cirurgias bariátricas realizadas no mundo, com pouco espaço para outras técnicas. Os matérias de videolaparoscópia se modernizaram e ganharam tecnologia tornando as cirurgias mais seguras. O futuro já se iniciou com alguns cirurgiões brasileiros sendo treinados para a cirurgia robótica.

Enfim, qual a melhor cirurgia? Qual seria a mais indicada para o meu caso? Estas questões são melhores discutidas no consultório, com cirurgião e sua equipe, e, após exposto todas as vantagens e desvantagens de cada técnica, o paciente desenvolve uma visão crítica ajudando na escolha da que melhor se adaptará ao seu caso. Devemos sempre lembrar que os pacientes são diferentes, com perfis nutricionais, psicológicos e estilo de vida diferentes, e todos estes aspectos influenciam nesta decisão.

A CIRURGIA BARIÁTRICA

A cirurgia bariátrica, ou gastroplastia, é uma opção para pessoas que permanecem severamente obesas após utilizarem outros métodos para perder peso, com dietas e prática de exercícios, assim como para pessoas que apresentem algum problema de saúde relacionado à obesidade.

TÉCNICAS CIRÚRGICAS

BANDA GÁSTRICA

São aprovadas no Brasil quatro modalidades diferentes de cirurgia bariátrica e metabólica (além do balão intragástrico, que não é considerado cirúrgico).

A Banda Gástrica é um dispositivo de silicone colocado no começo do estômago. Ela fica ligada a uma espécie de reservatório no qual é possível injetar água destilada para apertar mais o estômago ou esvaziar para aliviar a restrição. A vantagem do método é o fato de ele ser reversível, pouco invasivo, o que reduz a mortalidade, e permite ajustes individualizados.

Por outro lado, há risco de rejeição da prótese ou infecção e a perda de peso é, muitas vezes, insuficiente para que a saúde do paciente seja considerada estável. Ela é inadequada ainda para pacientes com compulsão por doces, portadores de esofagite de refluxo e hérnia hiatal volumosa. Ela corresponde a 5% dos procedimentos.

GASTRECTOMIA VERTICAL OU SLEEVE

A Gastrectomia Vertical remove de 70 a 85% do estômago do paciente, transformando-o em um tubo estreito. Desta maneira, há redução do hormônio grelina, associado à fome e a absorção de ferro, cálcio, zinco e vitaminas do complexo B não é afetada. Se não funcionar, pode ser transformada em Bypass Gástrico ou Derivação Bileopancreática, mas não é reversível, como a Banda Gástrica.

Além disso, por envolver procedimentos mais complexos também está ligada a um risco maior de complicações. Corresponde a 15% dos procedimentos.

A grande vantagem desta cirurgia é que pacientes submetidos a ela necessitam de pouca ou, em alguns casos, nenhuma suplementação vitamínica.

É uma cirurgia que está ganhando bastante popularidade no mundo, alcançando o número de bypass gástrico realizado (atualmente a cirurgia mais feita). Existem vários motivos para explicar este fenômeno. Entre eles está o fato de não mexer no intestino e não causar problemas nutricionais.

BYPASS GÁSTRICO OU CIRURGIADE FOBI-CAPELLA

 

O Bypass Gástrico diminui para 10% a capacidade do estômago, restringindo a quantidade de comida ingerida e desviando esses alimentos para a primeira porção do intestino, chamada duodeno, até a porção intermediária do órgão, chamada jejuno.

Dessa maneira, há redução do hormônio grelina, responsável pela fome e liberação de hormônios próprios do intestino que promovem saciedade.

Com ele, o apetite do paciente é reduzido praticamente sem diarreia e desnutrição, e doenças associadas à obesidade apresentam rápida melhora.

DERIVAÇÃO BILEOPANCREÁTICA

 

A Derivação Bileopancreática é uma associação da Gastrectomia Vertical, com 85% do estômago retirado, com desvio intestinal. Esse desvio faz com que o alimento venha por um caminho e os sucos digestivos (bile e suco pancreático) venham por outro e se encontrem somente a 100 cm de acabar o intestino delgado, inibindo a absorção de calorias e nutrientes. A vantagem é que a técnica possibilita maior ingestão de alimentos, reduz a intolerância alimentar e promove maior perda de peso.

Por outro lado, pode ocorrer desnutrição de intensidade variável ao longo do tempo. Diarreia, flatulência e deficiência de vitaminas também são comuns. A Derivação Bileopancreática corresponde a 5% dos procedimentos.

BALÃO INTRAGÁSTRICO

 

Reconhecido como terapia auxiliar para preparo pré-operatório, trata-se de um procedimento não cirúrgico, realizado por endoscopia para o implante de prótese de silicone, visando diminuir a capacidade interna gástrica e com isso provocar saciedade precoce.

O balão é preenchido com 500 ml de líquido azul, chamado de azul de metileno e que em caso de vazamento ou rompimento será expelido pela urina que ficara com a cor verde ou azul clara.

O paciente pode ficar com o balão por um período médio de seis a oito meses.
É indicado para pacientes com sobrepeso que não possuem indicação de cirurgia ou nos super obesos que estejam no pré-operatório (IMC acima de 50 kg/m2).

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Ramal 2 e 3