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Vesícula e Cálculo Biliar.

Quais os sintomas apresentados pelos pacientes com problemas na vesícula?

Os cálculos biliares, popularmente conhecidos como pedras na vesícula, podem causar náuseas, vômitos, desconforto abdominal, intolerância a alimentos gordurosos, gases, inchaço, sensação de gosto amargo e dores de cabeça. Alguns pacientes também sentem cólicas e dores pontuais nas costas, enquanto outros passam anos sem apresentar nenhum sintoma.

Qual o tratamento para os cálculos biliares (pedras na vesícula)?

O tratamento clínico tem demonstrado resultados insatisfatórios, por isso é recomendada a colecistectomia, uma cirurgia para retirar a vesícula biliar, em geral feita via vídeo laparoscopia ou robótica. O método é seguro e a recuperação do paciente é rápida, podendo voltar às atividades profissionais após 5 ou 6 dias em média.

Quais as complicações que podem acontecer sem a cirurgia?

Os pacientes não operados correm o risco de 30 a 50% de sofrerem complicações graves como, por exemplo:

– Colecistite aguda – ocorre quando um cálculo (pedra) obstrui o ducto cístico causando inflamações e acúmulo de pus (empiema ou abcessos), peritonite (inflamação do peritônio, tecido que reveste a parede interna do abdômen e cobre a maioria dos órgãos da região abdominal) ou mucocele (acúmulo de muco);

– Fístulas (perfurações) para o intestino delgado ou cólon causando obstrução intestinal (íleo biliar), sangramento e infecções; coledocolitíase (cálculos no ducto que transporta a bile); colangite e papilites (inflamação das vias biliares) e pancreatite (inflamação no pâncreas). A mortalidade nesses casos é de 7 a 15%.

O paciente não apresenta sintomas, apesar de ter cálculo vesicular. Quais os riscos de não operar?

O tratamento, tanto para quem apresenta sintomas quanto para quem não apresenta, é a remoção cirúrgica da vesícula biliar (colecistectomia). \

Os pacientes que adiam muito esse procedimento correm o risco da piora do quadro e de ter que se submeter à cirurgia de emergência, sem a assistência e os acompanhamentos de doenças cardíacas, diabetes, entre outros, que poderiam ter sido feitos em uma cirurgia planejada, tornando-se um procedimento de risco, em especial para os idosos.


Doença do Refluxo Gastroesofágico (DRGE)

A doença do refluxo acontece quando o conteúdo do esôfago volta frequentemente para o esôfago (além do normal) causando irritação local chamada esofagite. Tal refluxo geralmente é piorado pela presença de hérnia de hiato que é uma abertura aumentada da passagem do esôfago para a cavidade abdominal e como consequência, acontece o posicionamento de pequena porção do início do estômago para logo acima do hiato e por isso diminuindo as defesas normais do organismo em relação a evitar o refluxo frequente.

A azia ou queimação sentida nesta região pode se prolongar até a garganta causando dores, tosse, rouquidão e alterações na boca. Além das dores, o refluxo às vezes também acarreta sensação de regurgitação (do estômago até a boca) dos alimentos ingeridos.

Quando o tratamento clínico (que deveria ser para sempre) não é eficaz, há a indicação do tratamento com cirurgia.

A cirurgia da DRGE é relativamente simples e realizada por videolaparoscopia. O hiato esofágico é reduzido ao tamanho normal com pontos de fio cirúrgico e uma válvula anti-refluxo é confeccionada com a parede do fundo do estômago envolvendo o final do esôfago e fixada a ele também com pontos de fio cirúrgico. Desta maneira o refluxo é evitado.

Observação:  quando a esofagite é prolongada pode evoluir para uma transformação específica, nesta área irritada, chamada de esôfago de Barret. Esta transformação não é rara e gera, ao longo dos anos, transformações maiores até o câncer de esôfago em 2% a 5 % dos casos.


Hérnias da Parede Abdominal

O que é uma hérnia?

A hérnia surge quando acontece um deslocamento da parte de um órgão, e essa parte passa a invadir um espaço que não deveria. Existem diferentes tipos de hérnias, porém as mais frequentes são:

  • hérnias inguinais, na região inguinal (virilha);
  • hérnias femorais, na raiz da coxa;
  • hérnias umbilicais, na cicatriz umbilical;
  • hérnias epigástricas, entre a cicatriz umbilical e o tórax, na linha mediana;
  • hérnias incisionais, que aparecem no local de incisões cirúrgicas prévias.

 

Como é feito o diagnóstico?

O diagnóstico das hérnias da parede abdominal é essencialmente clínico. O médico faz o diagnóstico da hérnia quase que exclusivamente apenas com um exame físico bem feito.  Pesquisa-se a presença do abaulamento realizando manobras de Valsalva (o médico pede ao paciente para tossir ou para soprar a sua mão sem deixar que o ar escape), aumentando assim a pressão intra-abdominal e fazendo com que o conteúdo herniário se insinue através fraqueza (defeito) da parede abdominal. Nos casos de hérnias muito pequenas e em pacientes obesos, pode ser necessário o uso da ultra-sonografia. Exames mais sofisticados não têm indicação no diagnóstico das hérnias da parede abdominal.

Qual o tratamento?

O tratamento das hérnias é sempre cirúrgico, desde que o paciente tenha condições clínicas que permitam que a cirurgia seja feita.  Não há tratamentos alternativos e o uso de cintas é apenas uma medida paliativa, que não evita o crescimento da hérnia, nem suas complicações.

Atualmente é muito comum o uso de próteses (telas) para o tratamento das hérnias. A tela é feita de um material sintético, usualmente polipropileno, é fina e maleável e se assemelha a um pedaço de véu. É colocada sobre ou sob o defeito herniário e fixada com fios, grampos ou uma cola especial, produzindo uma reação tecidual do nosso organismo no local. Essa reação, que também é chamada de fibrose, é muito importante para o reparo tecidual e para diminuir as chances de recidiva (retorno da hérnia).


Câncer do aparelho digestivo

O que é o câncer do aparelho digestivo?

O câncer do aparelho digestivo é o termo que representa o grupo de cânceres que afetam o trato gastrointestinal. Os tipos de cânceres do aparelho digestivo incluem:

  • Câncer de esôfago;
  • Câncer de estômago;
  • Câncer de vesícula biliar;
  • Tumores estromais gastrointestinais;
  • Câncer de fígado;
  • Câncer de pâncreas;
  • Câncer retal;
  • E outros.

Os tumores do aparelho digestivo se destacam entre os cânceres mais numerosos e agressivos, pois representam quase 21 mil casos anuais e são extremamente letais, devido à sua disseminação fácil (metástase). Assim, o diagnóstico precoce se faz extremamente necessário, pois aumenta a probabilidade de cura.


Tratamento

O tratamento deve ser o mais precoce possível e varia bastante de acordo com o tipo do câncer, órgão acometido, o estágio de evolução do tumor e as características clínicas do paciente doente.

As modalidades utilizadas nestes tratamentos podem ser exclusivas mas em geral associadas. São elas: nutrição, cirurgia, quimioterapia, radioterapia e imunoterapia, além, claro, do bom gerenciamento médico para cada situação.